terça-feira, 26 de abril de 2011

O maior amor do mundo

Te esperei todo o tempo
cheia de dúvidas, incertezas, enfim,
chorei, também tive medo,
você estava em mim...
tive sonhos, sorri, não tive mais medo
Eu estava feliz...
E quando finalmente te vi
a coisa mais linda do mundo
foi eu quem fiz...
Nas noites em claro
ninando teu sono
me descobria feliz
e o toque da sua pele
me dava vida enfim
e todas as vezes
que eu cri em Deus
era olhando no fundo dos olhos teus
meu pequeno, meu grande, meu tudo
meu universo, meu mundo...
aconchegado nos meus braços
adormecia seu sono inocente...
e eu ficava ali
respirando seu ar...
meu ar...minha vida...
nos seus dedos ainda pequenos
agarrados aos meus...
quantos dias, quantas noites...
eu daria tudo para que o tempo parasse
nesses momentos...
o tempo passou...
os dias...as horas...
como estará sua mãozinha agora?
e seu corte de cabelo?
e o meu mundo...
parou de girar....


S>O>S

Ninguém ouve meu grito calado
No meio da noite de sol
Um pedido de socorro mudo
surdos, surdos, surdos...
Ninguém vê o meu sorriso forçado
aprisionando a tristeza,
feia, culpada,
deve ser mantida fechada, escondida, presa.
A dor...
a sua, a minha, ninguém quer ver...
cegos, cegos, cegos...
Ninguém entende o recado
que para mim está tudo acabado
basta o tic do tac do relógio
marcar o tempo certo
pra na hora não haver demora,
espera, espera, espera
Me falta ou me sobra coragem
realmente não sei responder
isso tudo é uma grande viagem
ou será que só eu posso ver....



quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amanhã...

Não me venha vento chorando, dizendo que errou, pedindo desculpas, fazendo juras e promessas, você nunca as cumpre mesmo....Com sua força derrubou toda minha proteção
Com as mãos frias o coração acelerado e a boca seca, o texto ensaiado, tudo programado.
Mas não dessa vez, depois de todas as outras flores arrancadas e semi-nuas jogadas ao relento de uma noite sem lua, sem brilho, sem trégua, sem nada.
Depois de todas as folhas partidas e repartidas e espalhadas pelo chão frio,
depois de todos gemidos, suores, amores, toques, que não eram meus...
Não mais, não depois do descontrole de uma mente insana, me dando medo, me causando dor, horror, pavor....
E onde antes era uma brisa suave e gostosa, hoje um furacão sem controle, sem rumo, sem compaixão.
Não depois dos olhos que antes tão belos me parecia, agora vejo apenas um vazio negro, um abismo cheio de nada....
Agora não mais...
outono, minhas folhas e flores novamente estão pelo chão, mas a primavera nunca tarda....vou florir novamente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dores Latentes

Perdi o rumo dessa vez...
não, não foi você quem fez...
só sei que do saber não sei de nada....
muito longa ou muito curta essa estrada?
Decisões difíceis de tomar...
estou onde realmente deveria estar?
Corpo quente ou frio...
me diga, qual será o desafio?
ultrapassar uma barreira imaginária...
uma linha inexistente...
ou apenas latente?
a fadiga dessa rotina de apenas existir...
tenho muitos motivos para sorrir?


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Soul


Quando uma história se resume em uma imagem desfocada...
Imagem que será apagada,
esquecida...
e no final se transformará apenas em um grande borrão, é sinal que essa história foi sempre uma imagem fora de foco!






foto by: Ricardo Arantes (bolacha)

Tempos

Existe uma hora....
um tempo...
em que é preciso olhar as coisas de uma maneira diferente....
e ver que o horizonte não termina na linha reta ao final dos olhos,
Existe um tempo, em que o coração deve aprender que nem tudo é para sempre...
que o nunca não existe, amor eterno é somente para os frutos do ventre
Existe um tempo...
uma hora...
em que a vida tem que andar para frente, mesmo que naquela hora...
naquele tempo, isso provoque mais dor do que sorrisos...
Existe um tempo...existe...
E sempre haverá tempos....
e em cada tempo...haverá horas...
sempre...
E em todo esse tempo...em todas essas horas,
temos que tentar fazer nosso melhor...
por nós mesmos...
O meu tempo chegou...
a minha hora já está quase passando...
mas aprendi...que antes tarde do que nunca,
Estou mudando!


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pegadas

Como a coruja à meia noite...

sob a luz do luar...

fria...úmida...

solitária...

como os soluços de uma criança sozinha no escuro...

no mundo...

sem pressa...

sem rumo...

o sangue, a única coisa que ainda é quente...

madrugada, pés descalços no asfalto,

cortando o vento friu...

sentindo medo dos olhares que a seguem,

escolha errada mais uma vez...